Bodas de Prata de Olga Lenz Pedde e Leonhard Pedde

Bodas de Prata de Olga Lenz Pedde e Leonhard Pedde
Bodas de Prata de Olga Lenz Pedde e Leonhard Pedde - 31/07/1957

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Igreja Pequena




Me lembro com saudades e às vezes
Meu coração chora
Vai chegando a noite e eu não vejo a hora
De ir para igreja adorar a Deus
E quando chego olho pro altar
Vejo o Pastor sentado
Olhando pra igreja que está calada
Vejo em seus olhos um olhar sofredor
Por que se lembra com saudades
Da primeira igrejinha
Que era pequena e apertadinha
E não existia luz pra clarear...
Mas quando o pastor pregava
O céu se abria
A igreja orava e o poder caia
Aquela que era igreja de oração
Igreja pequena... Onde Deus falava...
O poder caia e a sua igreja Jesus visitava
Onde está agora, aquela igrejinha?
O louvor subia e no mesmo instante
O poder caia
Eu sinto que esta igreja é como a de outrora
As crianças cantam e também dão glórias
E a mocidade é firme na fé
E quando esta igreja clama
O Senhor responde
Descendo sua glória e o seu poder
Fazendo milagre acontecer
E hoje o pastor desta igreja
Se encontra feliz
Vai ensinando o que a Bíblia diz
Mantendo sua igreja firme e fiel...
E toda igreja em oração
Prossegue prudente
Em consagração marcham para frente
A igreja que ora vai morar no céu

(Cantora - Cassiane) 

Publicação de Origem: http://letras.mus.br/cassiane/1260430/

Die Kleine Kirche 



quarta-feira, 1 de maio de 2013

A Carta de Alfred Janke para Virginia Less


Prezada Sra. Less,
Faz algum tempo que tenho conhecimento de seu trabalho de pesquisa sobre os "Volhynians" através de Alexander Busenius.
A última notícia que recebi foi a história de Erica Neumann, que não conheço, mas cujo pai Adolf conhecia bem.
Olga Pedde conheço desde Volhynia – era uma família muito conhecida, o pai era mecânico e a mãe costureira. Até hoje tenho contato com ela.
Eu sou Alfred Janke, terceiro filho de Eduard e Ida Janke (Wuerch) e minha família é de Neumanofke, perto de Heimtal.
Heimtal tinha um pequeno centro de comércio e de 15 em 15 dias havia uma feira onde os agricultores vendiam e compravam produtos. A Igreja Luterana também ficava em Heimtal.
Em 1928 meus pais quiseram emigrar para o Canadá, mas não conseguiram o visto. Outros parentes já tinham ido para o Canadá (perto de Edmond e LÍDER) e também para a Argentina.
A razão de nossa saída era que o governo russo então comunista, determinou que cada agricultor entregasse um percentual de toda produção ao governo. O pior era que bandos a cavalo, que se diziam do governo, chegavam, levando animais, cavalos, bois, aves, etc... e não havia como protestar.
Um tio meu, August, foi preso, e deportado para a Sibéria por ter dado cobertura a um judeu (mascate). Nunca mais soubemos do meu tio.
Por tudo isso meu tio Karl Janke e Albert Bauer resolveram com meu pai de sair de Volhynia, já que meu pai tinha permissão para viajar pelo território russo porque tinha sido designado para alfabetizar os colonos adultos das aldeias russas, à noite.
Em julho de 1929 começou a aventura rumo à China. A razão de irmos para a China é que as demais fronteiras eram muito controladas e esperávamos que uma vez na China teríamos oportunidade de chegar ao Canadá ou Argentina, o que mais tarde não aconteceu.
Sabia-se que três famílias de Volhynia encontravam-se em Harbin: Ludwig Wuerch, Reinhard Golnik e Herbert Golnik. Para chegar lá, era preciso atravessar toda a Rússia; assim saímos de carroça até Pulin, depois de trem, mais carroça, com diversas baldeações, passando pelo Rio Amur, até chegar ao Rio Ussury onde encontramos refugiados alemães da Primeira Guerra, muito pobres, e que viviam praticamente de pesca.
Lá ficamos uns 15 dias, quando então atravessamos o Rio Ussuri de barco. Do outro lado duas carroças, já contratadas, nos esperavam; viajamos sempre à noite, para não sermos capturados pela guarda da fronteira. Levou 3 dias até chegarmos ao trem que nos levaria até Harbim. Foi uma viagem difícil por não entendermos o chinês e vice-versa.
Chegamos em Harbim em meados de agosto de 1929. Harbin tinha uma população de cerca 60.000 habitantes, sendo que 90% eram russos ortodoxos.
Em Harbim procuramos a família Golnik e alugamos então uma casa onde moramos por algum tempo. Não podendo mais pagar o aluguel procuramos os " mennonites " , que não nos receberam muito bem por sermos luteranos.
Com a chegada de mais refugiados, a comunidade luterana e o consulado alemão alugaram um alojamento onde nós também fomos morar. O alojamento ficava na rua " Madigo " e os zeladores eram Kronberg (pai e filho), e Stibner que, ao desentupir a fossa, morreram em conseqüência do gás. Neste alojamento tivemos como professor o Sr. Reinhart Holtz.
Com a chegada de mais refugiados de Ussuri foi alugado outro alojamento onde a professora era a Sra. Berta Neumann, mãe de Nicolai e Adelina. As vezes ensaiávamos todos juntos canções de Natal.
Em 1931 veio a guerra e a ocupação japonesa; foi quando morreu o Sr. Lange e outros ficaram feridos.
Em 2 de maio de 1932 partimos de Harbin de trem até Port Arthur. Em Port Arthur pegamos um navio cargueiro japonês, onde dormimos em esteiras. O navio jogava muito e todos enjoavam. Em Shangai embarcamos no navio cargueiro PORTOS (francês) adaptado para transportar soldados. O porão era todo instalado com beliches. Chegando em Saigon, paramos por 3 dias para abastecer com carvão e água. Para nós foi muito agradável, pois podíamos desembarcar e todos os dias íamos ao zoológico onde pela primeira vez vimos leões, elefantes, girafas e outros animais. Embarcaram marinheiros e soldados franceses, que retornavam da colônia e que foram muito gentis, pois brincavam e faziam ginástica conosco.
Seguimos viagem passando por Singapura, Djacarta. No Oceano Índico o navio enfrentou um temporal e tivemos que ficar durante um dia de colete salva-vidas e ninguém podia ir ao convés, pois as ondas passavam por cima do navio. Continuamos pelo Golfo Aden, Mar Vermelho, Canal Suez e Mediterrâneo. Passamos perto da Sicília, onde avistamos o vulcão Etna. Os adultos diziam que aquilo era a chaminé do inferno. A próxima parada foi Marselha, onde ficamos muito tristes, porque os nossos amigos marinheiros se despediram e desembarcaram, distribuindo balas para nós crianças.
Seguimos viagem de trem até Bordeaux. Em Bordeaux embarcamos no navio LIPARI. Três dias depois, em 21 de maio de 1932, nasceu meu irmão Woldemar. Paramos para abastecimento de água em Dakar. Seguimos então viagem para o Brasil, onde aportamos por 1 dia em Recife para abastecermos de água. Não era permitido desembarcar, mas esta parada ficou bem na nossa memória, pois foi ali que vimos pela primeira vez homens negros.
Continuamos até o Rio de janeiro, chegando no dia 28 de maio de 1932 – data oficial da nossa chegada ao Brasil. Ficamos 15 dias na Ilha das Flores para quarentena. No Rio de Janeiro embarcamos num pequeno navio misto, seguindo viagem para o sul.
Paramos por um dia em Florianópolis onde nos chamaram  atenção os bondes puxados por burros. Em Porto Alegra fomos recebidos pelo Dr. Lange (manager do Dr. Kullmann) que nos embarcou num trem à noite para Santa Bárbara. Viajamos ate às 15 horas do dia seguinte. Em Santa Bárbara fomos recebidos pelo Dr. Kullmann que nos explicou qual seria a ajuda e como seria a escolha da colônia. Explicou que os solteiros tinham que se juntar a uma família, possível, foram aconselhados pelo Dr. Lange que fossem para Ijuí, onde conseguiriam trabalho sem problemas com a língua portuguesa, porque nesta cidade quase todos eram alemães.
Seguiram então pra Ijuí: Erich Drude, Otto Eisner, Jakob Giese, Adolf Keller, Wilhelm Lange e outros. Eles se casaram por lá e certamente devem ter descendentes. Após 3 dias as outras famílias seguiram viagem em três caminhões (duas famílias em cada). A estrada era improvisada, os caminhões atolavam. Chegamos em Águas do Mel, hoje Irai, atravessamos o rio Uruguai de balsa, seguindo até Iracema, hoje Riqueza, onde ficamos em barracas improvisadas, tipo índios. Cada família escolhia então uma colônia, que deveria ser paga em três anos e foram distribuídas algumas ferramentas, como: 2 serras, uma grande para 2 pessoas operarem, e um menor, facão, enxada, foice e sementes de tabaco, milho, feijão, bata, etc...
A vaca e o cavalo prometidos nunca recebemos. Todos começaram a derrubar a mata e plantar. Alguns ficaram doentes como Adolf e Gerhard Bartz e Eduard Bitner que morreram de tifo. Meu pai também ficou doente, mas depois de um mês se recuperou. Minha mãe teve bolhas nas mãos que inflamaram e a deixaram sem movimento nenhum em dois dedos.
Assim que meu pai melhorou foi junto com Golnik para Ijuí, onde trabalharam na fabricação de móveis, instrumentos musicais, como violinos, violões, etc... Mais tarde minha mãe e nós, filhos, também fomos para Ijuí.
Outros colonos também saíram de Riqueza por não se adaptarem.O terreno era muito montanhoso e rochoso, não havendo possibilidade de usar máquinas, a agricultura só podendo ser praticada manualmente.
Em 1942 resolvi ir para Porto Alegre onde trabalhei e estudei em uma escola técnica de profissões. Em 1947 fiz concurso para técnico IBM no Rio de Janeiro, onde trabalhei durante 34 anos.
Nos anos 1950-1951 Alexander e eu tentamos emigrar para o Canadá, mas não conseguimos porque em nossos documentos constava apátrida ( " heimatlos " ). Em julho de 1953 casei-me com Margarida Busch. Novembro de 1959 nasceu nossa filha Mônica e em setembro de 1961 nasceu Ilka, da qual tenho duas netas: Juliana e Tatiana.
Em 1983 visitei meus parentes (Wuerch) no Canadá, que vivem na província de Alberta e Vancouver, B.C. e visitei também as principais cidades deste país maravilhoso.
Conheço alguns países sul-americanos e europeus. Agora aos 77 anos tentei apresentar a minha história de vida. A minha família: Pai – Eduard Janke * Mãe – Ida Janke * Filhos – Edgar Janke Helmuth Janke * * = falecidos Alfred Janke Gerhard Janke Elmar Janke * Wiligard Janke * Woldemar Janke.
Completou Ilka por ocasião do envio da cópia em dezembro de 2007:
"Isso foi narrado quando meu pai tinha 77 anos, hoje ele tem 82 anos, fazendo 83 anos no dia 10 de julho."

A carta é publicada na íntegra a pedido da leitora
Juliana. Todos os direitos estão reservados a família de Alfred Janke.


A Imagem - retrata Alfred Janke e Olga Lenz Pedde - 02 nov 2000. Fotógrafa Romi Monica Pedde Muss.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

DIE KERZE

Kerze-Licht
(...)
Das Licht der Kerze erhellt nicht nur, es wärmt auch. Es bringt mit der Wärme Liebe in Dein Zimmer. Es erfüllt Dein Herz mit einer Liebe, die tiefer und geheimnisvoller ist als die Liebe der Menschen, mit denen Du Dich verbunden weißt. Es ist eine Liebe, die aus göttlicher Quelle strömt, eine Liebe, die nie versiegt, die nicht so brüchig ist wie die Liebe zwischen uns Menschen. 
(...)
Anselm Grün
In http://kindergeschichten.wordpress.com/2007/12/05/kerze-licht/

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A Comemoração dos 100 anos da AMO



Olga Lenz Pedde completou  100 anos de vida no dia 22 de dezembro de 2008. Presentes às comemorações dos dias 20 e 22 de dezembro  os cinco filhos, genros e noras,  11 netos(as)  dos 14 e  os(as) 10 bisnetos(as), bem como,  amigos e parentes colaterais. 


LICENÇA REFERENTE A imagem Ingo Dietrich Söhngen - sohngen@gmail.com
Creative Commons License 
Armstrong  no YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=D67lR7Qy_wk



Ein Gesundes Neus Jahr Für Alle! 

Creative Commons License By Ingo Dietrich Söhngen 




Que Mundo Maravilhoso

(tradução)

Louis Armstrong

Composição: Bob Thiele / George David Weiss / Robert Thiele Jr.

Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também
Eu as vejo florescer para ti e para mim 
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

Eu vejo os céus azuis e as nuvens tão brancas
O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da boa noite
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

As cores do arco-íris, tão bonitas nos céus
Estão também nos rostos das pessoas que se vão
Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: "como tu vais?"
Eles realmente dizem: "eu te amo!"

Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer
Eles aprenderão muito mais que eu jamais saberei
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso
Sim, eu penso comigo... que mundo maravilhoso


O Mundo canta What a Wonderful World 

https://www.youtube.com/watch?v=ddLd0QRf7Vg





Louis Armstrong - What A Wonderful World
Enviado por dodgers1972. - Veja mais vídeos de musica, em HD!
What a Wonderful World
Louis Armstrong
Composição: Bob Thiele / George David Weiss / Robert Thiele Jr.

I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world

I see skies so blue and clouds so white
The bright blessed day, the dark say goodnight
And I think to myself, what a wonderful world

The colors of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands, saying, "how do you do?"
They're really saying, "I love you"

I hear babies cry, I watch them grow
They'll learn much more, than I'll never know
And I think to myself, what a wonderful world

Yes, I think to myself, what a wonderful world

Fonte: http://letras.terra.com.br/louis-armstrong/2211/


What a Wonderful World - Was für eine wundervolle Welt

Louis Armstrong 

Ich sehe grüne Bäume, auch rote Rosen.

Ich sehe sie für dich und mich blühen.
Und ich denke mir, was für ein wundervolle Welt.

Ich sehe blaue Himmel und weiße Wolken.
Den klaren, glückseligen Tag, die dunkle, heilige Nacht.
Und ich denke mir, was für eine wundervolle Welt.

Die Farben der Regenbogen so schön am Himmel,
sind auch in den Gesichtern der Leute, die vorbei gehen.
Ich sehe Freunde die Hand schütteln und sagen wie geht?s dir.
Sie sagen wirklich ich liebe dich.

Ich höre Babys schreien und beobachte wie sie aufwachsen.
Sie werden viel mehr lernen als ich jemals wissen werde.
Und ich denke mir, was für eine wundervolle Welt.
Ja ich denke mir, was für eine wundervolle Welt.

Fonte original da tradução da letra para o alemão: http://www.golyr.de/louis-armstrong/songtext-what-a-wonderful-world-55512.html
De Betina

Amo e Betina em setembro de 2008.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Natal

Dunas da Praia do Siriú, Garopaba, SC (2)


 Oi gente que amo, to vivendo um Natal para lá de diferente.

Estou na Ribanceira (1), são 10h30min da noite, meu primeiro Natal, dos meus 51 anos de vida, sozinha. Chove aos cântaros! Muito bom, coloquei várias plantas na terra, elas devem estar adorando. Nossa cachorra Atena está ao meu lado, mais os três gatos, Alunti, Willy e Sunny.

À tarde fui levar nosso caseiro em casa, no Siriú(2). Para quem não sabe um lugar mágico, tem uma cachoeira, a casa da mãe dele fica ao lado. Pessoas simples, café de "saquinho", o cheiro impregna o ar. O barulho da água me dá vontade de permanecer ali, naquela casa muito simples, cheia de risos, casinha de pescadores.

Mãe de 14 filhos consegue envolver e ainda amar  a todos que dela se aproximam, abraço gostoso, muito quente, quente como o forno lá na rua onde estão sendo assados os pães. Não vi árvore, tampouco luzinhas, nada que lembra Natal (como conhecemos), apenas um calor infinito vindo da simplicidade de quem tão pouco tem e tanto pode oferecer.

Voltei para casa devagarzinho, por uma estrada estreita cheia de natureza. Dunas branquinhas, pontes estreitas, crianças banhando-se no rio. Enfim, esse Natal me está sendo uma verdadeira bênção. Nada de supermercado, ceia, roupa bonita, mão e pé por fazer, roupa, presentes... 

Nem lamento a ausência dos que me são preciosos, filhas e amado. O "tudo” me impregnou de tal forma que acho que se milagre existe estou vivendo um, por que, além de tudo e todos que me cercam e sua vital importância, estou vivendo o meu verdadeiro Natal, só meu, onde meu tempo e alma posso dispensar aos gatos, cachorros, plantas do jardim e pessoas tantas que de mim possam se aproximar.

Quero dizer com tudo isso é que a simplicidade e a ausência de complexidade podem acabar sendo nosso melhor presente.

Amo vocês. Eternamente.

Elizabeth Kieling (3)


Notas: 

1. Praia da Ribanceira, Garopaba, SC, Brasil.

 Veja em  http://www.imbituba.sc.gov.br/Turismo/ribanceira.php?set=10 

2.  Siriú, Garopaba, SC - Direitos autorais da imagem - Groundzero  in <http://www.flickr.com/people/groundzero/>   Licença CC  -2.0  . 

Endereço da imagem in

<http://www.flickr.com/photos/groundzero/121207925/sizes/l/>

Para saber mais verifique em 

http://creativecommons.org/licenses/by/2.0/deed.pt>


3. Elizabeth Dehnhardt da Silva Kieling, Historiadora formada pela ULBRA –Universidade Luterana do Brasil- Canoas – RGS.  E-mail  enviado pela autora em 24/12/2008. Autorizada a sua publicação em 27/12/2008. 

E-mail: bethkieling@hotmail.com


 




sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Feliz Natal


Feliz Natal

Desejo-vos a todos uma grande onda de amor fraterno.
A todos os meus familiares, a todos os meus irmãos e aos meus amigos, uma onda que percorre todo orbe terrestre, como que acompanhando o sol, despertando em todos os corações o sentimento de igualdade e de fraternidade; a liberdade é um passo consequente das outras duas...    penso...
 
O Natal
época de felicidade, sempre me fez sentir triste de alguma maneira,
como se toda a felicidade do planeta  e toda tristeza colocadas na balança, terminassem em resultados desastrosos.
 Agradecemos ao Criador pela vida que Ele deixou-nos a todos criar em 
nossos lares e vidas e que leve a todos os demais povos que precisam de sua força este amor que constrói um mundo melhor.
Uma grande roda de chimarrão passa de mão em mão todas as cuias em forma de coração bombando água quente sorvendo em comum união.
 Um abraço gigante a todos.
 Ricardo Lorenz Junior.


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

DIE WÜRCHS IN BOBRITSA

Amo - Olga Lenz Pedde erzählt!
Ja, wir waren in Neumanowka (Neumanufka - jetz Zubrinka?), die Würch waren in Bobritz (Bobritsa, Bobritschowka, Bobritshi).
Es waren Nachbardörfer.
Wen man die Strasse entlang ging war es Gans weit,
aber wir gingen durch das Feld direkt schräge rüber.
Da war es garnicht so weit.
Das war ungefähr ein halbe Stunde Gang zeit.
Zwei oder Drei Kilometer und dann waren wir schon da!
Die Würchs hatten eine Dampfmühle.
Sie bekamen die Mühle zurück nach der Verschickung!
Es wahr ein großes Haus gewesen. In Bobritsa.
Da war der alte Ludwig Würch, Elsa, Hanchen,
Arthur (wir nannten ihm Große Arthur, schon in Brasilien),
Linchen und Elmar.
Die Mutter war eine Sanders Tochter.
Emilie Steinke war ihre Schwester.
Otilie (Würch) Feld verheiratet mit Jonathan Feld war
Elsas Halbschwester.
Der Alte Ludwich war Witwer geworden, da Heiratete
er eine Sanders Tochter.
Mit die erste Frau hatte er zwei Kinder so weit ich weis.
Der Sohn Kamm nach Paraguay.
Er ist früher ausgewandert.
Der alte Würch hatte Brüder.
Aber er wahr der einzige Besitzer der Mühle.
Da waren viele Würchs gewesen.
Auch in Neumanufka war eine Würch Familie.
In Würchs Hause war immer eine
Monatliche Versammlung der Brüdergemeinde.
Da kamen Sie von andere Dörfer zusamen.
Sonst hatten Sie Andacht am Sonntag Nachmittag.
Vormittag waren sie Meistens in der
Evangelischen Kirche.
Die Brüdergemeinde (1) war schon
sehr Groß in Wolynien.

Olga Lenz Pedde, August 2008. Mit hilfe Edith Söhngen.
Wollen Sie mehr wissen:
1. Über die Brüdergemeinde in Russland - suchen Sie in
http://de.wikipedia.org/wiki/Evangelisch-lutherische_Russlanddeutsche.

Os Würch's em Bobritsa
Tradução
Amo - Olga Lenz Pedde relata!
Sim, nós estávamos em Neumanowka (Neumanufka - agora Zubrinka?)
os Würch moravam em Bobritsa (Bobritz, Bobritschowka, Bobritshi).
São aldeias vizinhas.
Quando se seguia pela estrada o caminho era bem longe,
mas nós atravessávamos diretamente pelo campo.
Então nem era tão longe.
Mais ou menos uma meia hora de caminhada.
Dois ou três quilômetros e então estávamos lá.
Os Würchs tinha um moinho movido por
máquina a vapor.
Eles tiveram o moinho devolvido quando
do retorno da emigração forçada (verschickung)!
A casa dos Würch era grande em Bobritsa.
Lá estava o velho Ludwig Würch, Elsa,
Hanchen, Arthur (o chamávamos de Grande Arthur,
já no Brasil), Linchen e Elmar.
A mãe era uma filha dos Sander's .
Emilie Steinke era a irmã dela.
Otilie Würch Feld era casada com Jonathan Feld
era meia irmã de Elsa Würch ( Bartz).
O Velho Ludwich era viúvo,
quando casou com a filha dos Sanders.
Com a primeira mulher ele teve dois filhos,
tanto quanto sei.
O filho emigrou para o Paraguai em época anterior.
O velho Würch tinha irmãos.
Mas ele era proprietário único do moinho.
Havia muitos Würchs na região.
Também em Neumanufka havia Würchs.
Na casa dos Würchs havia sempre uma reunião
mensal da Comunidade de Irmãos (Brüdergemeinde).
Eles se reuniam no local e vinham das aldeias vizinhas.
Normalmente as reuniões semanais davam-se
no domingo  à tarde.
No domingo  pela manhã havia culto na
Igreja Evangélica Luterana.
A comunidade dos irmãos era bastante grande
na Volynia.
Olga Lenz Pedde, agosto 2008.
Com ajuda de Edith Söhngen.

Para saber mais:
1. Em breve pesquisa obtivemos as coordenadas da vila de Bobritsa (escrita correta!) : Latitude 50.68333, Longitude 28.13333 ou DMS - Latitude 50 41'N; Longitude 28 8'E e Zubrinka(Neumanofka) - coordenadas 50 37'N, 28 19'E ou Latitude 50.61667, Longitude 28.31667. Dados não confirmados.
2. Existe um "site" sobre as origens da Família Würch - procure em < http://www.whichwxxrchiswhich.info/ > .

LUSOFONIA





Oi queridos, compartilho ai com vocês mais um momento "China". A Festa da Lusofonia de Macau. Meu terno e caloroso abraço a todos. Amo vocês!

Elizabeth Dehnhardt da Silva Kieling,  Shenzhen-China. 




LUSOFONIA

 

           Há onze anos acontece em Macau a Festa da Lusofonia. O objetivo é reunir todos os países de língua portuguesa, hoje, no mundo. Guiné Bissau, Cabo Verde, Angola, Porto Príncipe, Moçambique, Timor Leste, Macau...são exemplos de como a presença portuguesa conseguiu fazer sua história, transformando esses ambientes, de forma a deixar sua marca tão característica, sensível não apenas na língua, mas também através de sua inserção nos hábitos e costumes locais. Uma das características da colonização portuguesa foi o da pouca intervenção nas culturas locais, permitindo aos povos dominados seguirem seus cultos e tradições. O Brasil é um exemplo vivo d isso. Nas senzalas os negros faziam suas festas, incrementavam sua culinária, adaptando-as as condições e recursos locais. Somos o resultado dessa fusão. O artesanato, a arquitetura, a música, todos apresentam-se, também, como um resultado dessa miscigenação. Andando pelos espaços destinados aos diversos países é sensível perceber a força dessa união de raças. A alegria é a tônica. Os risos misturam-se aos batuques e fados. Os cheiros impregnam o ar. Na “barraca” do Brasil a fila da caipirinha mostra a concorrência desleal. Uma  mistura  realmente mágica. O ritmo do samba e da capoeira, por uns instantes, nos faz esquecer que estamos do outro lado do mundo. No microfone as chamadas para a festa são em português e chinês. A partir de 1999, com o acordo assumido pelo governo chinês à incorporação de Macau a China, a festa passou a designar-se de “Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa”. No espaço destinado à China, mãos habilidosas e ágeis fazem recortes com dobraduras de papel (“flor de janela”), uma arte milenar que o português incorporou ao adornar prateleiras e armários, babadinhos... Mais adiante um tecelão angolano mostra sua arte num tear manual. Um grupo do Cabo Verde reúne-se a declamar poesias em língua crioula (chamada de “pidgin”, processo pelo qual culturas de línguas diferentes, multilíngüe, criam um dialeto próprio, língua natural) resultado da língua nativa africana com o português de Portugal. Entre os passantes, surge como que por encanto, uma típica noiva portuguesa, diferente da noiva tradicional, ostenta um vestido preto, adornado por muitas correntes douradas, “Noiva do Minho”. Logo atrás vem um homem negro num lindo traje africano, roupão longo com rica e colorida estampa. Aproxima-se um rapaz chinês com cabelo em estilo “rastafari”, capoeirista, morador de Hong Kong. O mundo tornou-se muito pequeno ali. É fascinante como após tantos anos de conquistas, dominações, batalhas e guerras, unem-se os diferentes numa alegre festa. Seria esse o destino do homem, misturar-se tanto até formar um só? Ou essas festas são apenas um momento mítico a mascarar a dor da segregação e da distancia cultural que persiste entre os povos?  Seria possível um dia, vivermos realmente, nessa perfeita harmonia? “Mundofonia” é disso que precisamos.

Elizabeth Dehnhardt da Silva Kieling
Historiadora formada pela ULBRA –
Universidade Luterana do Brasil- Canoas – RGS
Residindo atualmente na China ( Shenzhen), escreve um livro sobre Macau.

Matéria enviada pela autora em 10/11/2008.

E-mail autora: bethkieling@hotmail.com