sábado, 18 de agosto de 2007
Breve História das Familías Rosenberg/Lenz/Pedde
As famílias Rosenberg/Lenz/Pedde
Pelas pesquisas realizadas até a presente data, sabe-se que as famílias emigraram da Áustria e Pomerânia por volta de 1860 localizando-se no território da atual Ucrânia.
Até o inicio da 1. Guerra Mundial havia paz e relativo progresso. É ponto de referência na Ucrânia, a região de Volinia ou Novograd Wolinsk_Bolarke.
Em 1914 Adolf Lenz – pai da Olga Lenz (Amo), Jonathan e Reinhardt Lenz - foi recrutado para servir o exército do Tzar.
Em 1915 crianças e mulheres e os que haviam ficado nas aldeias foram mandados para a Sibéria, em razão do avanço das tropas alemãs.
Em 1919 puderam voltar. Muitos haviam morrido. As famílias que voltaram não encontraram suas colônias e casas intactas. Tentaram reconstruir suas vidas em novas aldeias.
1919 – Adolf Lenz retorna da Guerra. Havia permanecido com prisioneiro de Guerra na Alemanha.
Era Mecânico especializado não tendo havido certeza na apuração de sua patente militar presumindo-se tenha sido sub-tenente no exército do Czar.
A família Lenz, na tentativa de evadir-se do Comunismo que avançava – resolveu emigrar para a região do Amur.
Da aldeia foram 6 famílias – 25 pessoas. Ficaram seis meses em Amur. No período chegaram mais emigrantes para a região do Amur. As prisões e perseguições aumentavam. Inúmeros colonos foram presos e nunca mais se soube deles.
Como tantos outros, o grupo dos Lenz resolveu fugir via China Continental.
Chegaram a Imam no dia 06/03/1930. A noite cruzaram o rio Ussuri, numa caminhada de 18 horas com neve até os joelhos. Havia a guarda russa na fronteira que atirava primeiro e perguntava “aos mortos qual o motivo de sua estada naquelas paragens”. Nesta caminhada quatro pessoas tiveram os pés congelados. Duas pessoas tiveram perda de artelhos. Sendo uma delas a avó do Daniel Netzlaff – retratado na revista “Veja” edição ( ?) - Sra. Olga Pedde Netzlaff.
Atravessando o rio Ussuri – o grupo chegou em Khulistsian_ China ficando nesta aldeia até 02/05/1930. Outras famílias juntaram-se aos Lenz. Olga Lenz, posteriormente Pedde remeteu carta ao Consulado Alemão em Harbin relatando a situação dos fugitivos de origem alemã. Em 02 de maio de 1930 as famílias da pequena leva de fugitivos iniciaram caminhada a pé que durou cinco dias ao encontro de transporte – ônibus – providenciado pelo Consulado Alemão. Com o veículo o grupo foi transportado 100 km adiante, até a estação ferroviária, onde foram embarcados para Harbin.
Em Harbin permaneceram durante dois anos trabalhando nas mais diversas funções. A “Amo” foi empregada doméstica. Leonhard Pedde “atuou” como cozinheiro e supervisor de compras de rico Senhor Chinês. As estórias atinentes dariam outro livro.
Passados dois anos, o Governo Alemão concedeu passaportes de viagem para os fugitivos.
Ajuda humanitária providenciou o translado de 400 pessoas para Chankai, onde a leva foi embarcada no navio de nome Portos com destino ao porto francês de Marselha. Posteriormente foram embarcados em Bordeus no navio Lipari com destino ao Rio de Janeiro. A chegada ao Brasil deu-se em 27.06.1932. A leva ficou alguns dias na Ilha das Flores sendo reembarcada com destino a Porto Alegre em outro navio de nome Pará no dia 06 de julho de 1932 . A chegada a Porto Alegre deu-se no dia 12 de julho de 1932 as 11 horas e quarenta e cinco minutos. Reembarcados em trem as 5 horas e quarenta e cinco minutos.
O trem partiu as 18 horas de Porto Alegre chegando em Santa Bárbara as 18 horas da tarde do dia 13 de Julho de 1932. A chegada em Iracema deu-se no dia 16 de Julho de 1932 as 13 horas.
Observação: Para quem estranhar o conhecimento da hora exata. Os dados estão compilados em diário de Adolf Lenz que está sendo transliterado e posteriomente deverá ser traduzido.
2 comentários:
Correções quanto ao texto serão bem vindas.
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