sábado, 13 de outubro de 2007
Adolf Lenz - 1919 - O retorno à vida civil
Ao findar do ano de 1919 Adolf Lenz foi libertado na Alemanha e voltou para a Ucrânia.
Ao chegar em Neumanufka na Volínia foi obrigado a caminhar 30km a pé, até Grüntal. Como consequência, incharam-lhe os pés.
Em Grüntal, a vila onde os Lenz e os Rosenberg estavam morando, as crianças Olga e Jonathan Lenz não o reconheceram. Estivera seis anos afastado da família.
Olga Lenz tinha 11 anos em 1919 e lhe foi ordenado lavar os pés do pai. Lembrança que mantém até a data atual. Afirma que envergonhou-se sobremaneira do ato.
Relembrando o retorno do pai, Olga Lenz Pedde suspirou e disse:
- Não foi bonito. Foi uma tragédia. Milhares de crianças não viram mais o pai. Nós tivemos sorte!
- Minha mãe recebia no periodo de Guerra uma pensão militar do governo russo. "Jalivania" era o nome russo.
Adolf Lenz, imediatamente, retomou suas atividades civis. Alugou dependência de casa em Grüntal onde sua família foi acomodada. Construiu uma pequena fundição. Passou também a consertar relógios.
Conta Olga Lenz que o seu pai, trabalhou apenas quatro meses em uma fundição, como aprendiz. No entanto, era um exímio mestre fundidor, ferreiro, artesão, construtor de instrumentos musicais e inclusive relojoeiro!!! Constam no acervo da família vários instrumentos contruídos por Adolf Lenz já no Brasil, desde alicates até pequenas chaves de fenda.
Antes do início da 1a. guerra a família tinha encaminhado os papéis para emigrar para os Estados Unidos onde já se encontrava a mãe de Adolf Lenz. Haviam, inclusivo, vendido a casa em Bolarke.
Ao chegar em Neumanufka na Volínia foi obrigado a caminhar 30km a pé, até Grüntal. Como consequência, incharam-lhe os pés.
Em Grüntal, a vila onde os Lenz e os Rosenberg estavam morando, as crianças Olga e Jonathan Lenz não o reconheceram. Estivera seis anos afastado da família.
Olga Lenz tinha 11 anos em 1919 e lhe foi ordenado lavar os pés do pai. Lembrança que mantém até a data atual. Afirma que envergonhou-se sobremaneira do ato.
Relembrando o retorno do pai, Olga Lenz Pedde suspirou e disse:
- Não foi bonito. Foi uma tragédia. Milhares de crianças não viram mais o pai. Nós tivemos sorte!
- Minha mãe recebia no periodo de Guerra uma pensão militar do governo russo. "Jalivania" era o nome russo.
Adolf Lenz, imediatamente, retomou suas atividades civis. Alugou dependência de casa em Grüntal onde sua família foi acomodada. Construiu uma pequena fundição. Passou também a consertar relógios.
Conta Olga Lenz que o seu pai, trabalhou apenas quatro meses em uma fundição, como aprendiz. No entanto, era um exímio mestre fundidor, ferreiro, artesão, construtor de instrumentos musicais e inclusive relojoeiro!!! Constam no acervo da família vários instrumentos contruídos por Adolf Lenz já no Brasil, desde alicates até pequenas chaves de fenda.
Antes do início da 1a. guerra a família tinha encaminhado os papéis para emigrar para os Estados Unidos onde já se encontrava a mãe de Adolf Lenz. Haviam, inclusivo, vendido a casa em Bolarke.
Segundo historiadores, um terço dos alemães da Volínia sucumbiram nos confins da Síbéria no periodo da "verschikung" - 1915/1919.
Nos anos seguintes os bolcheviques procuravam bens e valores nas casas dos colonos. Inobstante a existência de relatos de atrocidades e assassinatos, neste periodo - 1919/1929 - , o núcleo da família Lenz/Rosenberg não sofreu qualquer violência física. No entanto, Blondine Rosenberg faleceu vitimada pelo tifo em 1920. Tios, tias e primos de Olga Lenz Pedde desapareceram na Sibéria. Fatos que serão relatados em outros episódios.
Considerando a longa saga da família, é quase um milagre que o núcleo familiar dos Lenz nada tenha sofrido. É como se estivessem sempre protegidos. Talvez a profunda religiosidade os tenha amparado.
Certa ocasião Adolf Lenz estava com 16 relógios guardados sobre a mesa, em uma pequena caixa que fizera. Todos os relógios tinham-lhe sido entregues para reparo. E, então vieram os bolcheviques e revistaram toda a casa. No entanto, após minuciosa busca em todas as dependências da casa, não enxergaram a caixa que estava sobre a mesa da sala!!!!
- Das wahr ein Leben! (Isto foi uma vida!)
Nos anos seguintes os bolcheviques procuravam bens e valores nas casas dos colonos. Inobstante a existência de relatos de atrocidades e assassinatos, neste periodo - 1919/1929 - , o núcleo da família Lenz/Rosenberg não sofreu qualquer violência física. No entanto, Blondine Rosenberg faleceu vitimada pelo tifo em 1920. Tios, tias e primos de Olga Lenz Pedde desapareceram na Sibéria. Fatos que serão relatados em outros episódios.
Considerando a longa saga da família, é quase um milagre que o núcleo familiar dos Lenz nada tenha sofrido. É como se estivessem sempre protegidos. Talvez a profunda religiosidade os tenha amparado.
Certa ocasião Adolf Lenz estava com 16 relógios guardados sobre a mesa, em uma pequena caixa que fizera. Todos os relógios tinham-lhe sido entregues para reparo. E, então vieram os bolcheviques e revistaram toda a casa. No entanto, após minuciosa busca em todas as dependências da casa, não enxergaram a caixa que estava sobre a mesa da sala!!!!
- Das wahr ein Leben! (Isto foi uma vida!)
Baseado em relato de Olga Lenz Pedde em setembro de 2007.
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9 comentários:
Boa Tarde,
Pesquisando sobre o meu sobrenome, encontrei a Comunidade - Amigos da Amo - Olga Lenz Pedde, e gostaria de receber mais informações, pois o meu avô, atualmente falecido se chamava ERVINO LENZ e morava na cidade de Cerro Largo-RS, meu pai ALADIO LENZ, e eu RODRIGO LENZ, moramos em Campo Grande/MS, e gostariamos de obter mais noticias sobre a nossa familia.
Obrigado.
Olá boa tarde,
Pesquisando sobre a família Lenz,encontrei esta Comunidade.Gostaria muito de obter informações da origem dos Lenz.Sou Olivia Steffler,neta de Margarida Lenz,Oriundo do Município de Cerro largo RS.Margarida era casada com Guilherme kolling.Casaram no ano de 1908 registro Guarani das Missões.Quem tiver algum dado em relação a ascendência de Margarida Lenz,peço a gentileza de notícias.
Obrigado.
Oi meu nome é Eliane Izolete Lenz meu pai se chama Pasqual Lenz e mora em Marechal Candido Rondon, mas nasceu em SC seus pais são Pedro Lenz e Dozolina Lenz ambos falecidos já a muitos anos, eles eram do Rio Grande do Sul e eu gostaria de saber mais sobre a familia Lenz por favor se tiverem alguma informação me informem agradeço desde já abraços. Eliane I. Lenz.
Itamar Lenz;
fazendo uma pesquisa sobre a familia lenz encontrei este memorial ,e gostaria de saber se ha algum parentesco com meu avô materno (Edvino lenz casado com Natali Lenz Exteik) ambos falecidos.
moradores do municipio de caibaté rs. viviam como estrangeiros no pais pois não tinham cidadania brasileira.pouco sei sobre eles e irmão ou parentes deles sei que tinha uma irmã que se chamava olga e que resedia em guarani das missões rs.tenho muita vontade de conhecer alguem,aguardo noticias
obrigado.
Rodrigo, Olivia, Eliane e Itamar. Infelizmente não posso auxiliar. Como visto a família Lenz do qual sou descendente veio para o Brasil em 1932, tendo por origem longa saga que foi originada na história dos Volinien Deutsche, passou pela longa caminhada até Harbin-China e de Harbin até o Brasil. Logo, todos aqueles que tem como ascendente Adolf(o) Lenz (que são poucos) tem relação direta com esta saga. Outros, que são muitos, tem outras sagas e outras histórias. Ingo Dietrich Söhngen
Boa tarde sou Lori inez lenz filha de Oldemar Affonso Lenz e neta de Jose Lenz natural de sobradinho meu avo disse que era natural de Notburguer da alemanha quero saber mais ,pouco sei sobre meus avos e bisavos. meu email e lorilenz68@yahoo.com.br.
Boa noite Ingo Dietrich.
Sou neto de Heinrich Lenz e Erna Lenz, ambos falecidos. Eram residentes em Mondaí SC. Vendo sua postagem percebi muita semelhança de sua familia Lenz com a minha. Os meus avós sairam de Volienen em 1932 e chegaram ao Brasil naquele mesmo ano. Vieram pelo porto de Rio Grande e se instalaram no Oeste de Santa Catarina. Tiveram 10 filhos. Todos estão Vivos. Rosalia Lenz, Olga Lenz, Ida Lenz, Sigfried Lenz,Ernfried Lenz, Irma Lenz(minha mãe), Atc. Talvez eram da mesma região?
Pastor Vilson,
queira desculpar a demora na resposta.
Vamos por partes:
1. A lista dos Lenz que vieram junto com os meus antepassados desde a China no navio Portos até a França e posteriormente no "Lipari" até o Rio de Janeiro esta no seguinte documento encontrável no blog : < https://docs.google.com/document/d/1hDZlFkoMlhYfIQtKcGKQ0YfZPIEQWYMgrz6H3-yp9-E/edit>. Houve um terceiro navio de nome Pará que trouxe a leva até Porto Alegre e posteriormente de trem e caminhão foram transportados até Iracema em SC. Sabido que alguns imigrantes ficaram no Rio de Janeiro e outros transladaram-se para Curitiba saindo de Iracema em Santa Catarina. Boa parte voltou para Porto Alegre, outros espraiaram-se por Ijuí e Panambi e redondezas. Os meus antepassados voltaram para Porto Alegre e posteriormente fixaram residencia em Ijuí. Em Ijuí permanece uma família descendente de Reinhard Lenz.
Entre os Lenz não familiares constam :
205 ... Lenz, Gottlieb August
206 ... Lenz, Katherina, geborn Nagel
207 ... Lenz, August
208 ... Lenz, Alice
209 ... Lenz, Heinrich
210 ... Lenz, Otto
Como a informação passada fala de saida da Ucrania em 1932 creio que os seus antepassados não formaram uma leva comum com os meus antepasssados. Os meus antepassados sairam da Ucrania em 1929 em direção a China - onde permaneceram até 1932. No entanto falta a informação de como os seus antepassados vieram desde a Ucrania e por quais caminhos. Tenho noticia de uma segundo navio desde a China. Porém não investiguei a questão.
2. Já a questão da origem comum na Volinia-Ucrania - não saberia responder. Posto que ausentes informações da cidade de origem. Ao longo do "blog" cito algumas cidades como Neumanufka e Grüntal.
Cordiais Saudações,
Ingo
Alguns subsidios:
http://comunidade-amigosdaamo-olgalenzpedde.blogspot.com.br/2007/08/longa-caminhada-as-famlias.html
Comunidade - Amigos da Amo - Olga Lenz Pedde: Adolf Lenz ...
13 out. 2007 ... Ao chegar em Neumanufka na Volínia foi obrigado a caminhar 30km a pé, até Grüntal. Como consequência, incharam-lhe os pés. Em Grüntal ...
comunidade-amigosdaamo-olgalenzpedde.blogspot.com/.../adolf-lenz-1919- o-retorno-vida-civil.html
Comunidade - Amigos da Amo - Olga Lenz Pedde
Amo - Olga Lenz Pedde erzählt! Ja, wir waren in Neumanowka (Neumanufka - jetz Zubrinka?), die Würch waren in Bobritz (Bobritsa, Bobritschowka, Bobritshi).
comunidade-amigosdaamo-olgalenzpedde.blogspot.com/
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15. Sept. 2006 ... Zum Beispiel sind mir Namen in Grüntal aufgefallen, das ebenfalls auf dem Kartenindex D4 liegt, in der Nähe von Annapol.
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forum.wolhynien.de/board_entry.php?id=8260
Sra. Lori,
infelizmente não posso ajudar na questão das origens familiares.
Sugiro a busca em sites especializados exemplo http://opensource.geneanet.org/projects/geneweb
Cordiais Saudações,
Ingo Dietrich Söhngen
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