sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Batatas - 1919
Eu tinha onze anos de idade. Isto foi após o retorno de Orenburg, União Soviética. Em Ostrufka, Volínia, na atual Ucrânia.
Nós fomos colher as batatas. Minha mãe, minha tia e eu, entre outros.
Tínhamos que escavar as batatas com enxada, colher com as mãos e colocar em cestos. As batatas pequenas eram para os porcos, as grandes eram guardadas para alimentação.
Eu era muito fraca. Não conseguia acompanhar a minha tia e a minha mãe que cavavam e colhiam duas carreiras ao mesmo tempo. Eu cavava uma, mesmo assim era demais. Durante a noite fiquei com febre, em razão do esforço.
Nós haviamos voltado da Verschickung (desterro). Isto foi por volta de outubro/novembro de 1919. Outono em Ostrufka. Nas terras que pertenceram ao meu avô.
Os russos haviam ocupado as terras a as instalações da colônia. O meu avô fez um contrato de colheita com eles.
Para cada linha (furche) de batatas colhidas, os colhedores tinham direito a um cesto de 20/30kg de batatas. As linhas tinham em torno de 100 metros de comprimento.
Os russos nos deixaram colher e conseguimos batatas para sobreviver ao inverno. O meu avô, posteriormente, encontrou uma área em Grüntal que não havia sido ocupada pelos russos. A casa nos serviu de residência até a volta do meu pai - Adolf Lenz - ao findar do ano de 1919.
O avô August Rosenberg, ficou em Grüntal até a volta dos verdadeiros proprietários, quando fixou residência em outra colônia localizada em Olefsk. Onde permaneceu até o seu falecimento por volta de 1930.
Como já contado nos saímos da Volínia em 1929.
Olga Lenz Pedde - setembro de 2007.
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